Está rolando uma trend de vídeos no YouTube com o título: “Se você é preguiçoso, mas ambicioso, assista a isso”. Talvez você já tenha se deparado com algum deles. São títulos que viralizam rápido, pois parecem oferecer uma solução mágica para nossos problemas.
Pois é, e as pessoas clicam, assim como você, querido leitor. Mas isso não é ruim. O que encontramos nesses vídeos são pessoas compartilhando suas experiências e conselhos sobre como realmente chegar onde queremos. Há muito a aprender com a experiência alheia. Por isso, depois de assistir a alguns deles, decidi compartilhar algumas das lições que aprendi na minha vida.
Por que somos preguiçosos?
Existem muitos motivos para a preguiça. Frequentemente, ela é um sintoma de questões maiores em nossas vidas que precisam de atenção. Pergunte-se: há algum motivo específico que está me atrapalhando? O que posso fazer a respeito?
Ao fazermos as perguntas certas, muitas vezes nos deparamos com razões contundentes para a preguiça: uma possível depressão por não estarmos satisfeitos com nossa vida, uma alimentação desbalanceada, problemas de saúde que vão desde deficiências de vitaminas até a necessidade de dar tempo para o corpo se recuperar de experiências desafiadoras.
Outro fator importante é o medo. Medo de que as coisas deem errado, de que deem certo e de tudo o que vem com esses resultados. Medo de desapontar pessoas ou do trabalho constante para manter o que construímos. Temos medo dos caminhos que desconhecemos, e não os conheceremos enquanto não os trilharmos.
Muitas vezes, a preguiça é apenas a consciência de que teremos que lidar com algo desagradável, como um trabalho estressante. Assim, começamos a evitá-lo e a procrastinar. Afinal, porque deveríamos ir felizes ao encontro de algo que não gostamos? Entender intelectualmente que devemos fazer algo não muda automaticamente nossos sentimentos em relação a isso.
Sou preguiçoso, o que fazer?
A primeira coisa é entender que mudanças duradouras não costumam ser rápidas. Não existe solução mágica. Os outros não têm um segredo que você não recebeu. Portanto, pare de buscar soluções milagrosas. Você provavelmente já tem tudo o que precisa para começar. Escreva o que acredita que deve fazer e por quais caminhos deseja seguir. Para começar, isso é suficiente. Acredite em você.
O segundo passo, e talvez o mais óbvio, é aplicar o que se aprende. Sem ação, não há mudança. Quando aprendemos algo novo que acreditamos ser útil, devemos aplicar ferramenta por ferramenta para criar mudança real em nossa vida. Ler e não aplicar é perda de tempo. Planejar e não aplicar é perda de tempo. Qualquer coisa que não resulte em mudança, por menor que seja, precisa ser questionada. A procrastinação mais perigosa é aquela que parece nos ajudar, mas nos deixa no mesmo lugar.
Uma estratégia simples e eficiente é fazer uma lista de tarefas em uma folha de papel. Se as tarefas parecerem grandes demais ou se você não souber por onde começar, quebre-as em partes menores até que cada uma se torne executável.
Perseverança é a chave
Mudamos aos poucos. A cada dia construímos um pouco da nossa vida. Um passo de cada vez, seguimos na direção desejada, transformando um aspecto de cada vez. Alguns meses de dedicação são suficientes para nos tornarmos pessoas completamente diferentes.
Por mais que, às vezes, pareçamos imersos no caos, na procrastinação, na preguiça ou na falta de esperança, estar em movimento — mesmo que de forma simples, como escrever no papel o que queremos fazer e dar o primeiro passo — já é suficiente para nos colocar de volta no caminho das nossas ambições.